O rapaz olhou nos olhos do menino e viu algo que o desconcertou, embora não soubesse nominar o que era. Um misto de angústia, esperança e medo. Teve um ímpeto inicial de ignorá-lo, mas os olhos imensos do outro o impediam de fazê-lo. Acabou concordando:
- Sim, pode, claro.
- O senhor segura minha mão enquanto minha mãe não chega?
Súplica. Eram olhos de súplica, definiu, enfim. Quis dizer algo, mas ficou plantado ao chão, desconcertado. Duas fragilidades se encontrando. Quando sua mão se uniu à do pequeno, sentiu-se seguro, enfim. Amparado pela inocência.
Jean Lucy
Jean Lucy
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