Gostaria de entender os contrários de que somos tecidos... a natureza humana vai fazendo o seu trabalho, construindo uma perfeição inacabada, amarrando e desamarrando os contrários e, por vezes, apresentando os avessos.
Se não entendo, gostaria apenas de aceitar todos os contrários que nos cerceiam. São tantos e de tantas formas que me questiono de que material somos tecidos: somos o avesso ou o direito das coisas? Se somos o avesso, o direito faz-se então avesso e a grande antítese continua sua trajetória de fazer contrários os versos que rimo cotidianamente: saudades, ausências, solidões, presenças, mãos, abraços, beijos, cheiros, carências, afetos e desafetos.
Sou humano e não me ensinaram a viver. Vivo a vagar às margens de grandes caminhos que, por vezes me pego pensando ser apenas pequenas trilhas... outras, me perco em imensidões. Vivo entre o medo do desconhecido e a aventura do salto iminente. Busco a doçura em meio aos amargos, saboreio cada dose do que me oferecem, por vezes bálsamo, por vezes veneno, por vezes nada.
E entre um instante e outro, sempre há a expressividade de um afeto. Ou do que poderia vir a ser.
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